sábado, 9 de agosto de 2008

o ninho


.é pela saliva que os oráculos se esboçam
nas madressilvas de infinitos pátios
despenham-se pássaros perfumados
e as palavras vivem em amado sangue púrpura
e cervicais vertiginosamente alimentadas.
como os poetas coronariamente
ajoelham em argilas cristalinas
dobrados pela noite dentro inata de cânticos frios e marinheiros
o diabo é natalício e bebe as espigas em grito
em pórticos destruídos e gritos de gansos pela cabeça.

um areal obsessivo
e um crepúsculo imaculado
e taças de veneno divinas
para algodoar o corpo antes que imensas vozes o bebam em corcel

os maxilares rompem rosados
em gerações de quadrúpedes e guerreiros disformes
crateras e cordilheiras
e o cérebro é um miolo de respiração infinitamente breve.

os meus pulsos ausentam-se
os livros antigos ao amanhecer violeta
definem alabardas azuis-líquidas
e barcos regressados das sepulturas âmbares

entre os lábios e a fala
onde rebentam folhas duma cor incómoda

entre livros e algum crime
a equívoca luz depois dos espelhos

então cerca-te explodindo pássaros
para afagar as vísceras
na próxima veia, à hora das fogueiras,

volto às películas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

.desviopadrão



[a partir de imagem surripiada daqui ou, por outras palavras, gentilmente cedido por maria pragana, da mesma maneira que o foram os versos abaixo]


Oh, o O! Adormeço
ao som das letras que caem
O O O O O O O
sigo a letra preta
como Alice o coelho branco
tanto faz o caminho
sempre acabo por chegar
a um .

Camões a vós na voz do Camones


1#. Camões escangalh[e]ado no Cutup engine (v2.0)

servir Amor?

É É Amor a si si é servir a doer;
vontade;
que arde um contentamento mais que
por vontade;
É a em se
É sente;
fogo Se tão sem é o causar tão é fogo que arde que o estar é o ver

um
É doer; dor se ver ver; É nunca contentar-se contrário nos mata vence, solitário andar o mesmo
fogo que

É fogo que gente; não querer amizade,
É ter a si dói e mesmo Amor? como com estar querer mais


#2. Camelões travestido na praça, com auxílio do Travesty generator

Ahohastare? Nina a deudem omeminh tente, que Me já Nindeinfa m caste!

is nh ndezapenfamidera Mo m Astenasisera masorto mpa tefaso ma, Oha to

mpranh! dem da sta te, te! Tão ta Que po m o lo nfera quegoue ce! já quer-tara

de te Ner Nisteseris quertem tende Mer-ta Emeinãorem Tão ce te ca po spa

vixo ssinueixa as da enãoro de, ntama e Aspe ntendesco colha já vanãohar-teinh!

Que mpounhanãouemixa po trte due der-tantenaminte poh! a lo mas pe, te

tavitasta o m ste im o ntapoha o so ta Ne e? mixa oha vimouemprtemindasto,

nta Quedenste De me qus Que?! !!! !!!! !!!


#3. dis.seca.ção do signo simbólico em Camaleones ou di.seca.ção do signo simbólico em Camaleones também, foda-se, porque é que levaste isto para o word?! o poder visual pode ser tão ou mais importante quanto o jogo linguístico...!


As armas e os barões assinalados,

na, Por mares nunca de antes nav
Que da ocidental praia Lusit
aegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
do que prometia a força humana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais
E entre gente remota edificaram
aram;
Novo Reino, que tanto subli
m

terça-feira, 5 de agosto de 2008

nuvem etiquetada


aquela  aquele  casa  com  como  criança 
  dava  de  dedos  dentro  depois  dia  dos  durante 
e era  eram  esquecidos 
folha  frase  fundo  isso  janelas  lado  livro  lua 
não nenhum 
no  num  onde  páginas  palavra 
para  parágrafo por  porque  quarto  que 
sem  ser  si    sol  tinham 
um  uma  vez 

poemanuvem a partir de quarto com vista para dentro (epifania do livro), de Sandra g.d (publicado neste blog)
gerado com OCLC Tag Cloud Builder (e posteriormente adaptado)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Beco


link
para o poema digital.