domingo, 28 de dezembro de 2008

O que Derrida diz sobre nós


"A teia envolvendo a teia. Séculos a desfazer a teia. Reconstituindo-a também como um organismo. Regenerando indefinidamente o seu próprio tecido atrás do rasto que corta, da decisão de cada leitura. Reservando sempre uma surpresa à anatomia ou à fisiologia de uma crítica que julgasse dominar o seu jogo, vigiar simultaneamente todos os fios, enganando-se também por querer olhar o texto sem lhe tocar, sem meter a mão no 'objecto' sem se arriscar a acrescentar-lhe qualquer novo fio, única 'chance' de entrar no jogo deixando os dedos prenderem-se nele."

in "O exorbitante", Jacques Derrida

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