segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

porque é genuíno
porque é abundante e fofo, mesmo hidratado
porque é esforçado, por vezes fenomenal
porque realmente não há melhor
que o produto nacional


prefira o tufo lusitano

prefira o tufo desenxaibido

prefira a quantidade e a qualidade

e terá um

tufo para a vida

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Fotonovela: Simplesmente Maria!


a mudança
tem 7 bicos

ir de burrinho para a estação<-- O plano estratégico

e o shell de Oito -->
é posto na rua
durante a noite
com um raminho de Oliveiras

<--e o shell de oito
forma estratégica de abordagem ao Riso
[leia-se: ahahahaha]

Maria é atropelada
no industrial das carnes
depois de ter comido
e não ter calado!

ISTO NÃO É O QUE TU PENSAS!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Colóquio Estudos Feministas e Cidadania Plena

as mulheres
mito aberto
.
seis meses
pousio
rasura

.

a nomeação é violenta
como mil corvos desdobrados em excesso normativo
penetração na estrutura de negrume
.
LUA
a linguagem das mulheres que possuem a chave
terra enfeudada
.
the kiss_o beijo
estilhaça
nós
.

eis
a retoma do corpo
público
proteico
.

no matter whatEVER
há estatutos
a cumprir
1) o feminismo encoraja a matar maridos
2) o feminismo mina o capitalismo
3) o feminismo mata filhos e filhas
4) o feminismo leva à prática do lesbianismo

no matter whatEVER
há corrector
corpográfico
1) verifique se quer manter matar
2) verique se quer manter capitalismo
3) verifique se quer manter maternidade
4) verifique
se quer manter
SE
verifique
SE

. é lésbica
. é complemento directo
. é contratante


.sem sugestões

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

poema depois de lhe dar a pomba seguido de inquérito

alguém
postou
um poema
no
pára-brisas-pára-brisas-pára-brisas.
veio a pomba
e cagou
no poema
nesta cidade
em infracção às leis
circulava hoje

MATRÍCULA 11-22-Bravo November

o Conselho das Deusas resolveu pesquisar o acaso
abre-se um questionário
na pomba
mal estacionada
no poema

II- Questionário
nome
: de pomba
contribuinte
:duas asas para a rasura do céu
licença
:toda
emitida por
ém

algures

parecer final
: cagalhoto da pomba podendo servir como prefácio do poema
descontínuo
ilegível

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

collage a partir de poema de Alberto Lacerda


inspirado numa duende

"visto que você não quer que as coisas continuem
assim
nesse caso
falemos de miosótis
Flor sobre a qual não sabemos
Nada"

ceci c'est un miosótis

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008




domingo, 3 de fevereiro de 2008

Pequeníssimo poema à (em) quadra

posto que-

no tempo das más-caras gordas me procuraste debaixo para cima e
disseste com o dedo mindinho lavadinho jeitosinho tolinho ser a hora do guizo
mu(n)do acordaaaaar!!! o carnaval essa teoria de afastamentos da carne

sendo que -
e tal e coisa e coisa e tal
e assim e assado

nunca dormias de cabeça para baixo na linha do meu OlhO esquerdO
e te enrOlavas sempre no círculO certO da serpentina a iniciar o azul

posto QUE -
sendo QUE -
ainda QUE -
mesmo QUE -
mas sobretudo porQUE
-
disfarçaste de tamanho o volume do baile dos três escafandros e aumentaste o ritmo do som certo

aposto que-
sendo que -
além de que -
e não tem de que
-
te vestes outra, te enrolas outra
diZ guise this guy não!

tivesse eu um

e outras formas de penumbra sistemática

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Pequeníssimo poema à quadra


posto que no tempo das máscaras gordas me procuraste debaixo para cima e disseste com o dedo mindinho ser a hora do guizo mudo acordaaaaar!!! o carnaval
sendo que nunca dormias de cabeça para baixo na linha do meu Olho esquerdo e te enrOlavas sempre no círculO certO da serpentina azul

posto QUE
sendo QUE
disfarçaste de tamanho o volume do baile e aumentaste ao ritmo do som certo

aposto que
sendo que
te vestes outra, te enrolas outra

diZ guise this guy não!

apud - Associação Portuguesa para a Usurpação De-mente

para a Alberto (hoje e sempre, a urbepoeta e uberpoeta mas, e sobretudo, úberepoeta)

Estatutos:

depois da carta bebe-se o vinho gelado e fotografa-se um corpo morno . pouco importa se se continua vivo. tem é que escrever uma carta quente e referenciar um frio instante de maior lucidez como se as radiografias fossem espelhos viscosos manchados e finos papéis que amareleceram de impaciência. se entrançar uma dúzia de maldições os copos estilhaçam cortantes e há a certeza de sobreviver transumantemente cantando como se a escrita fosse um ofício tumular. apud estrelas. cintilaria se os barcos fingissem afundar e o corpo gerasse uma própria fenda. assim, já que se iluminam os pulsos porque não por-me a morrer em sal. eis-me com a inutilidade do meu próprio inferno. outros poemas, nada e as aves abertas sobre o mar de especial. um programa de música de dança morna e atordoam-se os girassóis rápidos numa qualquer parte da cidade lenta.são os gatos que desfalecem à hora em que as aranhas se arrastam no rasto dos caracóis. quando são necessários é preciso encontrá-los antes que seja tarde.(é sempre tarde) a cidade exige urgência nas frontes e soluços incorruptos e a tolerância gasosa do hidrogénio dos respiradouros. há um cartaz colado na face polida de Esopo. com andorinhas secretas e pomares recheados.deixa que o corpo seja solar porque os gnomos partem cedo para a morte.
sem avisar.levando consigo o stock existente de Sagres Bohemia e os amendoins com sal a girar nas docas das bocas em montanha russa.

serve a presente para constatar, no artigo 2 alínhea Y da referida associação, no âmbito das competências por si definiadas, juntamente com os demais presentes

apud

para a Alberto (hoje, a urbepoeta)
depois da carta bebe-se o vinho e fotografa-se um corpo. pouco importa se se continua vivo. tem é que escrever uma carta e referenciar um instante de maior lucidez como se as radiografias fossem espelhos manchados e finos papéis que amareleceram. se entrançar uma dúzia de maldições os copos estilhaçam e há a certeza de sobreviver transumantemente cantando como se a escrita fosse um ofício tumular. apud estrelas. cintilaria se os barcos fingissem afundar e o corpo gerasse uma própria fenda. assim, já que se iluminam os pulsos porque não por-me a morrer em sal. eis-me com a inutilidade do meu próprio inferno. outros poemas, nada de especial. um programa de música de dança e atordoam-se os girassóis numa qualquer parte da cidade.são os gatos que desfalecem quando são necessários. é preciso encontrá-los antes que seja tarde.a cidade exige urgência nas frontes e soluços incorruptos e a tolerância do hidrogénio dos respiradouros. há um cartaz colado na face polida de Esopo. com andorinhas secretas e pomares recheados.deixa que o corpo seja solar porque os gnomos partem cedo para a morte.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008