sábado, 2 de fevereiro de 2008

apud - Associação Portuguesa para a Usurpação De-mente

para a Alberto (hoje e sempre, a urbepoeta e uberpoeta mas, e sobretudo, úberepoeta)

Estatutos:

depois da carta bebe-se o vinho gelado e fotografa-se um corpo morno . pouco importa se se continua vivo. tem é que escrever uma carta quente e referenciar um frio instante de maior lucidez como se as radiografias fossem espelhos viscosos manchados e finos papéis que amareleceram de impaciência. se entrançar uma dúzia de maldições os copos estilhaçam cortantes e há a certeza de sobreviver transumantemente cantando como se a escrita fosse um ofício tumular. apud estrelas. cintilaria se os barcos fingissem afundar e o corpo gerasse uma própria fenda. assim, já que se iluminam os pulsos porque não por-me a morrer em sal. eis-me com a inutilidade do meu próprio inferno. outros poemas, nada e as aves abertas sobre o mar de especial. um programa de música de dança morna e atordoam-se os girassóis rápidos numa qualquer parte da cidade lenta.são os gatos que desfalecem à hora em que as aranhas se arrastam no rasto dos caracóis. quando são necessários é preciso encontrá-los antes que seja tarde.(é sempre tarde) a cidade exige urgência nas frontes e soluços incorruptos e a tolerância gasosa do hidrogénio dos respiradouros. há um cartaz colado na face polida de Esopo. com andorinhas secretas e pomares recheados.deixa que o corpo seja solar porque os gnomos partem cedo para a morte.
sem avisar.levando consigo o stock existente de Sagres Bohemia e os amendoins com sal a girar nas docas das bocas em montanha russa.

serve a presente para constatar, no artigo 2 alínhea Y da referida associação, no âmbito das competências por si definiadas, juntamente com os demais presentes

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