terça-feira, 8 de abril de 2008

é à distância de seis poemas que passei a língua
e risquei as peças que perfaziam dois anjos.

sararam-te as crostas na solidão da saliva

estavam várias iguarias junto aos elásticos da toalha
uma miniatura cardinal de esconder mãos

e ao esconderes a mão a ver se se apagava

como fazer para que

um cedro aquecido e cósmico
não anuncie no rebordo da minha orelha
excess tastes
taste
tasting
.t aste excess by tasting. just taste it
. fine


ao lado do sol havia um dia completo
e um cutelo.

espero sinceramente que não se realize a bátega dos basaltos

esperas sinceramente? que isso te dê poder

para a hora do piquenique e das formigas
volto a dizer que o cosmos tem a forma de pêra
e um qualquer canto
canto qualquer
qual
canto
quer
. sim aqui fazem-se bonecas partidas
antes de morrer colaborar na higiene do mundo e da pátria hasteada a fendas
mão ligeiramente escondida que apanha
uma seringa e sal qb
três crianças e uma proa.


é inconfessável um punho negro e queimado nas migalhas.

5 comentários:

Eanes disse...

Caríssimas amigas, poderei jogar vosso jogo? Infiro que poema escangalhado vá em jeito de comentário, ou vice-versa.

Injectei penicilina e/ou coisas no poema que escrevestes. Espero que se mantenha digno.

Atenciosamente:

«É à distância de seis poemas que passei a língua minha,
vais ser minha e risquei as peças que perfaziam dois anjos.
Desde a hora que nasceste sararam-te as crostas na solidão da saliva
estavam várias iguarias junto aos elásticos da toalha,
uma miniatura minha, cardinal de esconder mãos:
não te encontro, só sei que estás perto,
e ao esconderes a mão a ver se se apagava
como fazer para que
um cedro aquecido e cósmico
não anuncie no rebordo da minha orelha
e tão longe no silêncio, noutro amor,
excess tastes
taste
tasting
.t aste excess by tasting. just taste it
. fine

Ao lado do sol havia um dia completo
e um cutelo. Vou te amar e espero sinceramente
que não se realize a bátega dos basaltos.
Tanto, tanto amor… esperas sinceramente?
Que isso te dê poder? Que até pode assustar?
Para a hora do piquenique e das formigas
não temas essa imensa sede
volto a dizer que o cosmos tem a forma de pêra
e um qualquer canto, canto qualquer
que ao teu corpo vou levar
qual
canto
quer
. sim aqui fazem-se bonecas partidas
minha és e sou só teu antes de morrer
(colaborar na higiene do mundo e da pátria hasteada a fendas)
Mão ligeiramente escondida que apanha,
sai de onde estás pra eu te ver!
Uma seringa e sal q.b.
pois tudo tem que acontecer
três crianças e uma proa.
(tem de ser, tem, tem de ser, vem).

é inconfessável um punho negro e queimado nas migalhas.
Para sempre, para sempre
para sempre.»

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
1-2-3-4-5 aranhiças & elefantes disse...

Caro eanes:
agradecemos o seu escangalhanço, a penicilina e coisas!a ver vamos se alguém, aranhiças, pessoas, animais ou assim assim, re-escangalham (a penicilina e coisas, ou não) mais um bocadinho. o escangalhanço é um processo descontínuo, por vezes mesmo, descontinuado, mas "Para sempre, para sempre, para sempre" muito in-digno!

Eanes disse...

Calculo. Parece que é um jogo de se jogar sozinho...

Menos mal; quem joga sozinho ao menos ganha sempre!

Anônimo disse...

Lamento, mas discordo. Jogand@ sozinh@, nem sempre se ganha.O jogo pergunta ao jogo quanto jogo o jogo tem. O que é preciso é espu(e)mar.