terça-feira, 29 de janeiro de 2008

a clavícula interior do sono

Não entres mais agora. basta de flores nocturnas. Basta.
Nasceram agora as trinta mulheres de olhos radiais
e tenho um requiem e plumas brancas para te ver arfar.
recorto os recortes recortados da parcela que falta
para o meu aniversário.
canta-me uma balada a sete tons em dó menor
e uma cegonha poisada como pedúnculo.
sabes o que é uma nervura de um lenço?
segue-me as glândulas com os guizos
e um castiçal contínuo. inquilina fotografias cheias de ar
e reservatório se as crianças voltagens de astros.
cospe o bosque completo do umbigo
que na seiva volumosa dos ovos asfixiam cobras corporais
geralmente verdes.

Nenhum comentário: